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Curso - A história dos tambores japoneses: 

Foto: Roberto Maxwell 

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A história dos tambores japoneses Neste curso inédito da Momonoki, falaremos da história do taiko, instrumento de percussão japonês que atravessou eras e tradições. Analisaremos a sua importância social, cultural e política, assim como suas funções e transformações ao longo das eras. O curso abordará, ainda, a formação dos primeiros grupos de taiko no Japão, a chegada dos tambores na América do Norte e na América do Sul, e o florescimento dessa arte no Brasil. Veremos como se deu o encontro de culturas na interação do corpo brasileiro com o tambor japonês, que se faz, concomitantemente, na universalidade e individualidade da expressão artística. A relação corpo-instrumento será aprofundada no último encontro, que abordará noções de espaço e entre-espaço, intervalos e silêncio, apoiados pela noção estética Ma.

 

Aula 1 | Da tradição à ressignificação

 

Analisando descobertas arqueológicas, xilogravuras e achados audiovisuais sobre taiko, estudaremos a história dos tambores japoneses desde o mito (tempo anterior à existência das coisas), passando pela sua pré-história e história. Partiremos da tentativa de compreender o arcabouço de teorias e mistérios que cercam a história do instrumento de percussão. As referências apresentadas ajudarão a contextualizar o papel do taiko na sociedade nipônica, que, conforme veremos, esteve sempre pertencente em diversas esferas sociais, culturais e políticas dos períodos antigos, tais como:

 

● Nas caçadas das aldeias;

● Nos rituais destinados à conexão com o divino;

● Nas antigas guerras japonesas;

● Como acompanhamento musical nos teatros clássicos nô e kabuki;

● Na música folclórica;

● Como relógio para anunciar as horas da vida cotidiana;

● Durante as lutas competitivas de sumô.

 

Aula 2 | A guerra e o nascimento do taiko contemporâneo

 

Na segunda aula, nos aprofundaremos na criação contemporânea do taiko na Era Moderna, especificamente a partir da Segunda Guerra Mundial. Falaremos sobre o nascimento e desenvolvimento da arte dos tambores japoneses em meio aos conflitos e transformações no Japão entre as décadas de 1950 e 1960, em que a performance coletiva ficou conhecida como kumi-daiko. Serão apresentados os primeiros grupos contemporâneos (Osuwa Daiko, Oedo Sukeroku Taiko e Ondekoza), suas teorias, anseios e propósitos. A essa altura, questionaremos: De alguma forma, a sua criação moderna estava associada às mudanças do corpo e das renovações culturais no Japão do pós-guerra?

 

Aula 3 | A internacionalização dos tambores japoneses

 

Na terceira aula estudaremos o processo de internacionalização dos tambores japoneses, com foco no período entre as décadas de 1960 e 2000. Vamos analisar a importância da popularização da percussão japonesa no território norte-americano e brasileiro, assim como os caminhos que transformaram a arte do taiko em um fenômeno artístico potente, símbolo de afirmação de identidades. Discutiremos como foi a chegada dos primeiros tambores em terras brasileiras e analisaremos a evolução das duas principais fases do kumi-daiko no Brasil: a primeira iniciada por Tangue Setsuko, e a segunda, por Yukihisa Oda. Aula

 

4 | O tambor, o corpo e a criação artística

 

No quarto e último encontro nos aprofundaremos na discussão do corpo que toca a percussão, tanto a sua relação com o instrumento, quanto à noção de espaço e entre-espaço, apoiado pela noção estética japonesa Ma. Além da possibilidade de estar presente nos intervalos de “silêncio” das batidas do tambor, o Ma pode manifestar-se também como espacialidade intervalar de preparação para o ato da percussão, que se revela no corpo do artista. Debateremos também sobre alguns processos pedagógicos e artísticos presentes na arte do taiko contemporâneo: o treinamento (kata, kiai e kamae), a cena, o processo criativo, a disciplina e a presença cênica.

 

A quem este curso é destinado:

 

A qualquer pessoa que se interesse pelo assunto. Não é necessário ter nenhum conhecimento específico para acompanhar as aulas.

5 set. 22

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Zoom

20h - 22h

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MINISTRANTE

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Rafael Garcia é ator-pesquisador. Doutorando em Artes da Cena pela UNICAMP. Mestre em Artes da Cena pela UNICAMP (2020), tendo sido bolsista CAPES. Licenciado em Artes Visuais pela Faculdade Polis das Artes de São Paulo (2016). Bacharel em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Londrina (2014). Tem interesse nas áreas de Interpretação Teatral, Treinamento do Ator/Atriz/Performer, Diálogo Intercultural no Trabalho do Ator, Cultura Japonesa, Arte Teatral Japonesa e Estudos do Corpo.

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